Deputados estiveram reunidos nesta terça-feira (2) por mais de duas horas para tratar da reforma política. A única definição possível de chegar foi que, de hoje até a próxima terça-feira (9), as bancadas vão discutir quais assuntos entrarão no plebiscito. Depois, os líderes se reúnem na semana que vem. Este, na visão do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), é o “plano A”.
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É nesta nova reunião de líderes que o presidente da Casa vai medir a temperatura dos deputados. Se não houver consenso, ele pretende criar um grupo de trabalho, com prazo de 90 dias, para analisar e apresentar uma nova proposta de reforma política. “Eu estou apenas criando um paralelo, uma alternativa, um caminho outro para que se o plebiscito não caminhar, nós tenhamos um outro caminho a percorrer que seria o projeto aprovado por esta Casa”, explicou.
De acordo com o peemedebista, a Câmara precisa ouvir as manifestações das ruas e aprovar a reforma. No entanto, ele pondera que os deputados estão pressionados também pelo prazo de 70 dias dado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para aplicar o plebiscito. “Fica muito apertado para valer. Toda a discussão, até definir itens…”, ponderou. Para Henrique Alves, o grupo de trabalho é uma “carta de seguro” para a reforma política ocorrer.
“O plebiscito é uma forma de golpe. Nós queremos que seja respeitado o calendário eleitoral”, afirmou o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). Para o deputado paranaense, o governo está tentando se desviar dos “grandes problemas”. Além disso, ele ponderou que reforma política é “como a seleção de futebol, cada um tem a sua”. O PPS, junto com DEM e PSDB, além de partidos da base como o PP, defendem a aprovação de projetos e um referendo no segundo turno de 2014.
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