O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), assinou hoje o ato de criação da CPI das Privatizações. Como o nome indica, a comissão recém-criada vai investigar as privatizações, concentrando-se sobre as que foram feitas entre os anos de 1990 a 2002.
Os líderes dos partidos têm agora 48 horas, ou seja, até quarta-feira (18), para indicar os integrantes dos cargos aos quais têm direito. Aldo admitiu que pode prorrogar o prazo, mas avisou que, caso os partidos não indiquem ninguém, irá definir quais serão os membros da comissão.
Além das privatizações, a comissão também deverá investigar os critérios adotados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nas operações de crédito com empresas que participaram dos processos de licitação.
Troco político
A CPI é vista por alguns deputados como um “troco político” à oposição, que ataca o governo nas CPIs dos Bingos e dos Correios. A nova comissão irá investigar principalmente as privatizações que ocorreram na gestão de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002. FHC é do PSDB, partido que hoje compõe boa parte da oposição a Lula.
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A esperança dos opositores é de que ocorra com esta nova comissão o mesmo que aconteceu com a CPI do Setor Elétrico. Criada em 17 de março do ano passado, ela foi instalada, mas nunca teve quorum para a realização de uma reunião sequer, e foi encerrada pouco depois, no dia 4 de maio.