Mesmo com o arquivamento da CPI da Navalha, a Câmara ainda pode investigar o envolvimento de parlamentares com o esquema de fraude em obras e licitações públicas desmontado pela operação da Polícia Federal. Isso porque o corregedor-geral da Casa, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), está encarregado de analisar o material da investigação da PF sobre o envolvimento de Paulo Magalhães (DEM-BA), Maurício Quintella Lessa (PR-AL) e Olavo Calheiros (PMDB-AL).
Segundo a Folha Online, Inocêncio não tem prazo para concluir as análises. Contudo, se constatar que há indícios de irregularidades, pedirá explicações diretamente aos parlamentares. Dependendo do resultado, pode optar pela abertura de processo, enviando os casos para a Mesa Diretora, que depois os remete ao Conselho de Ética da Casa.
Paulo Magalhães, sobrinho do senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), Maurício Quintela Lessa, sobrinho do governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PSB), e Olavo Calheiros, irmão do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), são citados nas investigações da Operação Navalha. Olavo é apontado pela PF como chefe em Alagoas do esquema liderado por Zuleido Veras. (Carol Ferrare)