A Caixa Econômica Federal (CEF) contestou, em nota divulgada nesta quarta-feira, as conclusões do relatório parcial do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), relator da CPI dos Bingos, a respeito do contrato com a Gtech. No documento, apresentado hoje e que será votado na próxima semana, Garibaldi sugere o indiciamento de 34 pessoas envolvidas na renovação do contrato de R$ 650 milhões da CEF com a multinacional de loterias.
O relatório do senador responsabiliza o atual presidente da CEF, Jorge Mattoso, pelas irregularidades, e sugere o indiciamento de três ex-dirigentes do banco: Danilo de Castro, Sérgio Cutolo e Emílio Carazzai. O relator da CPI afirma, no parecer, que o banco não tinha controle sobre os serviços prestados pela Gtech. Por isso, recomenda a suspensão do contrato entre a instituição e a prestadora dos serviços de loteria.
No entendimento da CEF, a CPI “produz peça política, recheada de premissas e considerações equivocadas, sem base em qualquer conteúdo probatório”. “Lamentavelmente a comissão, ao invés de cumprir seu papel constitucional e a expectativa da sociedade brasileira de investigar de forma isenta os assuntos de que trata, acabará por aprovar peça eminentemente política, dissociada dos fatos exaustivamente investigados pelas autoridades”, argumenta a nota.
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O banco contesta ainda o pedido apresentado por Garibaldi de suspensão, no prazo de 60 dias, do contrato entre a instituição financeira e a GTech: “De tão absurda, tal proposta não faz qualquer sentido, é inócua, arbitrária e inconstitucional”.
A íntegra da nota pode ser lida aqui.