A “vaquinha” foi criada por duas amigas de Dilma. Guiomar Lopes e Celeste Martins, que lutaram com a presidente afastada na ditadura militar, lançaram a campanha com o objetivo de arrecadar R$ 500 mil para custear viagens da presidente pelo país. Em apenas seis dias, porém, a campanha chegou à cifra de R$ 660 mil. Para Caiado, as despesas com viagens de Dilma são de cunho partidário devem ser custeadas pelo PT, com recursos do fundo legalmente constituído para essa finalidade.
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No documento encaminhado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Caiado diz que a arrecadação por meio do crowdfunding é ilegal e acusa a campanha de estar criando caixa para o PT de maneira a evitar averiguação do Tribunal Superior Eleitoral – que proibiu as vaquinhas online para financiar campanhas políticas.
Na decisão que proibiu o uso de doações online em campanhas eleitorais, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, esse tipo de captação não terá a “legalidade assegurada” e poderá ser contestada caso candidatos a utilizem.
A polêmica sobre as viagens de Dilma começou quando o presidente interino Michel Temer limitou o transporte de Dilma pela Força Aérea Brasileira (FAB). Temer restringiu os deslocamentos da petista, por meio da FAB, apenas ao trecho entre Brasília e Porto Alegre, onde moram os familiares da presidente afastada.
Dilma chegou a viajar em aviões de carreira, porém, a Justiça Federal revogou da decisão de Temer e autorizou a presidente a usar as aeronaves da FAB – desde que ela reembolse os gastos da União com os deslocamentos.
PublicidadeO site que a equipe de Dilma usa para promover a campanha cobra uma taxa de 13% do valor arrecadado pelas campanhas. Os impostos consomem mais 4% deste montante. Ao final, Dilma poderá usar 83% da verba recebida por meio das doações.