Caiado disse que o país precisa de um levantamento final sobre o envolvimento de políticos com os casos de corrupção descobertos pelas operações da Polícia e investigações do Ministério Público Federal, mas ainda sem julgamento final. Sem citar nomes, o parlamentar insinuou a renúncia do presidente Michel Temer.
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“É preciso um gesto maior. O risco é parecer que as pessoas que legislam e que governam não tem credibilidade junto à população. Isto é o mais grave”, disse o parlamentar. E acrescentou: “Precisamos analisar se o Congresso tem condições de legislar, diante de uma crise de proporções inimagináveis, e o Executivo tem condições de governar e a partir daí chegar a uma conclusão. Para preservar a democracia”, disse.
O parlamentar, um dos nomes do seu partido para concorrer ao Palácio do Planalto em 2018 e membro da executiva nacional da sigla, fez a proposta de eleições gerais após a divulgação da delação premiada do ex-diretor institucional da Odebrecht Cláudio Mello Filho que citou dezenas de políticos de 11 partidos que receberam propina da construtora, entre eles Michel Temer e o próprio presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), apelidado de “Gripado” na planilha de propina da Odebrecht.
A proposta de Caiado coincide com o que vem propondo a oposição, formada pelo PT, PCdoB, PSol e PDT, desde que o Congresso aprovou o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff. O parlamentar comparou a situação do país como a de um doente que sofre de soluços. “Do mesmo jeito que o soluço espolia o doente, que para de se alimentar e perde peso, da mesma maneira esta situação de soluços que estamos vivendo vai enfraquecendo o governo e não podemos repetir os erros políticos do governo passado”,disse Caiado.
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