Neste domingo (28), a Praia de Copacabana será pequena para nós. A partir de 11h, milhares de pessoas se encontram na Av. Atlântica, altura da Rua Siqueira Campos, para garantir o nosso direito democrático de escolher o próximo presidente da República.
Não aceitamos que a sucessão de Michel Temer, cujo governo atravessa seus dias finais, seja decidida por acordos de bastidores, pelos mesmos deputados que vivem às voltas com denúncias de corrupção. Nós queremos votar para presidente! O ato também é uma profunda negação da retirada de direitos proposta por Temer. Haverá shows de Caetano Veloso, Mano Brown, Criolo, Teresa Cristina, Mart’nália, BNegão e muitos outros.
Diretas já! Não às contrarreformas do Temer!
Brasília ocupada
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Cerca de 150 mil pessoas se dirigiram a Brasília na última quarta-feira (24) para protestar contra o governo ilegítimo.
PublicidadeA imensa mobilização marcou, em primeiro lugar, uma inegável vitória política das forças de resistência. No entanto, a enorme truculência policial contra os manifestantes também teve gigantescas proporções. Dentre vários, Vítor Guimarães, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), saiu gravemente ferido. Foram utilizadas inclusive armas letais, como pistolas, contra os manifestantes. No Hemocentro de Brasília, chegou a faltar sangue para os feridos.
Para piorar, Michel Temer convocou as Forças Armadas para fazer a defesa da Esplanada dos Ministérios – um ato de triste valor simbólico, em um país que viveu 21 anos de ditadura. Pressionado, reverteu a decisão no dia seguinte. Veja o meu vídeo sobre a absurda iniciativa de Temer.
Assista ao vídeo em que o deputado se posiciona contra uso da Força Nacional:
Não em nosso nome
Em sintonia com o clamor das ruas, a bancada do Psol e parte de outros partidos ocuparam a mesa diretora da Câmara durante a tarde da quarta-feira (24). A reivindicação era a de que o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) suspendesse os trabalhos devido aos graves acontecimentos do lado externo.
No entanto, atuando como serviçal do presidente ilegítimo, Maia seguiu conduzindo os trabalhos como se nada estivesse acontecendo. Os ânimos se exaltaram muito, e quase aconteceu briga física entre os deputados. Por fim, o Psol e os outros partidos de oposição – Rede, PDT, PT, PCdoB e PSB – decidiram se retirar do plenário.
Em sintonia com a atmosfera de Estado de exceção que Temer cria no país, Maia seguiu submetendo a voto medidas provisórias de terrível impacto.
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