Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, admitiu que o cachê do ex-presidente para conceder palestras a empresários chega a R$ 300 mil. “É um cachê alto. Não é para qualquer empresa pagar”, admitiu Okamotto. Na semana passada, a CPI da Petrobras aprovou requerimento para que Okamotto explique repasses de empreiteiras investigadas pela operação Lava Jato ao instituto Lula. Somente a Camargo Corrêa doou R$ 3 milhões à entidade.
“Lula não tem como missão fazer palestra motivacional, de tudo quanto é tipo. As palestras dele eram para falar do Brasil, como ele vê a América Latina, a África. É uma palestra de uma pessoa de sucesso que tem visão do mundo e as pessoas querem saber como é que ele fez. Lula é muito agradável e quem vê a palestra dele gosta”, disse Okamotto.
Na entrevista, Okamotto também nega que Lula conceda informações privilegiadas do governo durante as palestras. “Ele falava muito do governo dele. É muito uma venda do que aconteceu no governo. Se você, como brasileiro, vir o que aconteceu no Brasil nos últimos 10, 14 anos, você vai ver que foi uma coisa extraordinária. Todo mundo cresceu”, disse Okamotto.
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