O ex-banqueiro Salvatore Cacciola deverá ser transferido hoje (17) para o presídio de segurança máxima Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro.
O ex-dono do Banco Marka foi extraditado para o país e desembarcou na madrugada de hoje (17) no Aeroporto Internacional do Rio, Galeão.
Em seguida, Cacciola foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal do Rio e depois para o Presídio Ary Franco, onde permanece em uma cela com outros presos. Em Bangu 8, o ex-banqueiro terá cela individual.
Ao chegar ao Brasil, Cacciola disse que não é foragido da polícia.
"Fui para a Itália com passaporte carimbado, entrei na Itália e saí do livre, com decisão do ministro Marco Aurélio Mello [do Supremo Tribunal Federal, queliberou o banqueiro da prisão], cheguei na Itália em 17 de julho e estou voltando ao Brasil em 17 de julho", afirmou após o desembarque.
Sem algemas
Ontem (16), o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Gomes de Barros, concedeu liminar que impedia que a Polícia Federal (PF) o algemasse quando ele chegasse ao Brasil.
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A decisão de Barros também garante a comunicação entre os advogados de defesa e Cacciola, assim que ele chegar ao país. Segundo o STJ, o uso de algemas não pode ocorrer “como instrumento de constrangimento abusivo à integridade física ou moral do preso”.
O ministro também ressalta que Cacciola é idoso, não podendo oferecer resistência aos policiais federais que integram a comitiva responsável pela escolta.
Salvatore Cacciola foi condenado pela Justiça brasileira a 13 anos de prisão por gestão fraudulenta e desvio de dinheiro público. Em 1999, durante o governo Fernando Henrique, ele teria se beneficiado de informações sigilosas sobre a desvalorização do real. Estima-se que o banqueiro tenha dado um prejuízo de R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos. (Erich Decat)