O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), disse hoje que antecipar a discussão sobre quem será o candidato do partido à sucessão presidencial, em 2010, pode atrapalhar a coalizão do governo Lula. Cabral disse que o adiamento do debate é necessário para evitar atritos na base governista.
"Fulanizar [essa questão] agora é um equívoco, mas que nós temos que ter candidato não há a menor dúvida. Um candidato fruto desse PMDB coeso que formula políticas para o Brasil e não de uma disputa interna como houve no passado recente", disse o governador, ao participar da convenção que vai reeleger o presidente do partido, Michel Temer. Cabral aderiu à reeleição do deputado paulista esta semana, depois que o seu candidato, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim saiu da disputa, alegando interferência do governo em favor de seu adversário.
Pela manhã, Temer defendeu que o partido tenha uma candidatura própria à Presidência da República em 2010, desde que ela não contrarie a coalizão do governo Lula. "O partido vai ter uma candidatura própria e dentro da coalizão. Nosso desejo é que tenhamos um candidato à Presidência apoiado por todos os partidos da coalizão. O PMDB é o maior partido e é evidente que vamos postular essa candidatura", discursou.
Leia também