Apontado como um dos freqüentadores da “casa do lobby”, o advogado Rogério Buratti afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que não cabe a ele afirmar se o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, freqüentava a mansão alugada pelos integrantes da chamada “República de Ribeirão Preto” em Brasília entre o final de 2003 e o início de 2004. A mansão serviria para realizar partilha de dinheiro supostamente ilegal e festas com garotas de programas.
“Não quero dizer se encontrei o ministro ou não na casa porque isso não cabe a mim, cabe ao ministro. Não nego que me encontrei com o ministro em Brasília umas cinco, seis, sete vezes, seja no ministério ou na casa dele. Para mim, isso não é crime. Por isso, não nego”, afirmou.
Buratti negou-se a fazer mais comentários sobre os freqüentadores da casa porque a questão passou a ser “moral” depois que o caseiro Francenildo Santos Costa contou sobre as eventuais festas que ocorriam ali. “O que interessa saber é se ocorreram atividades ilegais ou ilícitas naquela casa. Eu posso dizer que nunca presenciei atividades ilegais lá”, assegurou.
Ele frisa, porém, que há pelo menos um equívoco no depoimento do caseiro de ontem à CPI dos Bingos – não faz sentido, segundo Buratti, a versão de que era ele, por meio de uma empresa, que pagava as despesas da “casa do lobby”.
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O advogado foi vice-presidente da Leão&Leão, empreiteira que teria pago uma mesada de R$ 50 mil para o PT quando Palocci estava à frente da prefeitura de Ribeirão em sua segunda gestão, de acordo com o próprio Buratti.