O juiz da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, condenou nesta quarta-feira (20) o ex-governador do Rio de Janeiro a 45 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa. Em sua sentença, o juiz afirma que Cabral era “idealizador do gigante esquema criminoso institucionalizado” no Governo do Rio.
Bretas também condenou a esposa de Cabral, Adriana Ancelmo, a 18 anos e três meses de prisão por participação no esquema. Ela já cumpre prisão domiciliar. Outras dez pessoas também foram condenadas a pelo menos cinco anos de prisão. Ao todo, os 13 condenados são acusados de desvios que superam os R$ 220 milhões desde 2007.
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A defesa afirmou que já esperava a condenação, que reforça a “arguição de suspeição”. “”A sentença agride a lógica, o bom senso e a prova produzida nos autos. Passou a ser urgente que o Tribunal decida sobre a arguição de suspeição que fizemos contra o Juiz Marcelo Bretas e o afaste, o quanto antes, da presidência dos trabalhos”, diz a defesa do ex-governador.
Segundo a sentença de Bretas, Cabral pediu propina às empresas Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia para garantir que as empreiteiras realizassem obras de infraestrutura no estado, inclusive as reformas no estádio do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014, no caso da Andrade Gutierrez. O dinheiro teria sido lavado com joias.
Esta é a segunda condenação de Cabral, a primeira pela justiça do Rio. O ex governador também já foi sentenciado a 14 anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro, no Paraná, no âmbito da Operação Lava Jato.
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