A substituição de Antonio Patriota por Figueiredo ocorre em meio à crise causada pela retirada do senador boliviano Roger Pinto Molina, abrigado por 15 meses na Embaixada do Brasil em La Paz (capital boliviana).
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“Não interferimos na vida dos outros países, não colocamos a vida de quem quer que seja em risco, cidadãos brasileiros ou de qualquer nacionalidade. Adotamos rigoroso conceito de não intervenção e só aceitamos ações excepcionais em defesa da preservação de vidas humanas se passarem pelo devido escrutínio e tiverem o amparo da [Organização das Nações Unidas] ONU”, disse a presidenta.
A saída do parlamentar boliviano foi organizada pelo diplomata Eduardo Saboia, encarregado de Negócios (equivalente a embaixador interino) na Bolívia. Porém, para setores do governo, como a decisão foi tomada aparentemente de forma pessoal, houve quebra de hierarquia e se colocou em risco a vida do senador boliviano.
Apesar da saída em meio a uma crise, Dilma elogiou Patriota e desejou boa sorte à frente do novo desafio, como embaixador do Brasil na ONU, em Nova York. “Meu governo não pode e não quer prescindir de sua experiência e conhecimento, por isso continuará contando com sua colaboração na ONU. Os desafios de Patriota são de grande relevância e urgência ao Brasil.”
Em relação ao novo ministro, Dilma disse que ressaltou a qualificação para ocupar o posto e que é testemunha de sua competência há alguns anos, pela liderança em eventos importantes, como a COP-15, em 2009 em Copenhague, na Dinamarca, e a Rio+20, em 2012, no Rio de Janeiro.
Segundo a presidenta, a consolidação do país como um ator importante no cenário internacional, exige novos padrões de comportamento. “Nos últimos anos o prestígio internacional do Brasil cresceu muito. Nosso país passou a ter voz ativa. Assumimos protagonismo e o mundo exige que nos comportemos de acordo com padrões elevados”.