A embaixada brasileira em Roma entregou, nesta segunda-feira (3), ao Ministério das Relações Exteriores da Itália o pedido formal de extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, único dos condenados no julgamento do mensalão a fugir do país para escapar da prisão. O caso será repassado ao Ministério da Justiça italiano, que deve encaminhar o pedido à Corte de Apelação de Bolonha, região onde o ex-diretor do BB está preso desde o dia 5 de fevereiro.
Pizzolato foi preso em uma operação coordenada pela Interpol italiana. Foragido da Justiça brasileira, ele entrou na Europa utilizando um passaporte falso em nome de seu irmão Celso, morto em 1978. Como também tem nacionalidade italiana, caberá às autoridades da Itália decidir se atendem ou não ao pedido do governo brasileiro. Após o processo se esgotar na esfera judicial, a extradição será decidida pelo Ministério da Justiça do país europeu.
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Henrique Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no julgamento do mensalão por ter recebido R$ 336 mil do empresário Marcos Valério e ter autorizado um adiantamento de R$ 73 milhões para uma das agências do mineiro, a DNA Propaganda, contratada pelo BB. Durante o julgamento, sua defesa argumentou que ele não tinha poder para decidir onde e como o dinheiro de publicidade do banco poderia ser gasto.
Na nota divulgada em novembro (leia a íntegra), o ex-diretor do BB criticou o STF, disse que foi usado para dar sentido à “mentira do dinheiro público” no mensalão e que tinha “legítimo direito de liberdade” para ter novo julgamento na Itália.
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