O deputado Roberto Brant (PFL-MG) afirmou hoje, durante depoimento no Conselho de Ética, não acreditar que os diretores da Usiminas concordem em assumir a contribuição de campanha dada a ele em 2004, no valor de R$ 150 mil. “Não acredito que vão assumir. Estão apavorados desde que o processo começou. Não falam mais comigo. Contrataram os melhores advogados para se defenderem”, afirmou.
O parlamentar, no entanto, disse que vai fazer de tudo para tentar provar que a doação, de fato, existiu. “Eu não tenho prova documental para comprovar a doação, mas eu estou aqui para tentar salvar minha imagem de homem público”, afirmou. O parlamentar, contudo, já adiantou que vai abandonar a carreira política.
Em seu depoimento, Brant disse que não cometeu qualquer irregularidade no recebimento dos recursos da Usiminas. “Se alguém cometeu alguma irregularidade foi a Usiminas, que passou o dinheiro para a SMP&B e esta repassou para mim”, reafirmou o deputado.
O pefelista afirmou que a doação foi uma iniciativa da própria Usiminas. Ele relatou que o presidente da empresa ligou em seu celular para oferecer o dinheiro. O deputado disse que recebeu o recurso pela SMP&B, do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador do mensalão, no dia 27 de setembro de 2004 – quase uma semana antes das eleições.
Leia também
Parte do montante teria sido repassado a uma empresa de propaganda paranaense no dia 22 de outubro. “Este dinheiro ficou sem gastar, em espécie, no meu escritório de campanha. Ainda bem que não o usei na minha campanha”, enfatizou.