Em entrevista ao portal Globominas.com, o deputado Roberto Brant (PFL-MG) afirmou hoje que é um homem de palavra e que pretende abandonar a vida pública, assim que encerrar o atual mandato na Câmara. Após ter seu nome envolvido no escândalo do valerioduto, Brant se diz magoado com o tratamento que a imprensa vem dispensando a ele e à sua família.
Mais uma vez, o deputado negou o acórdão que teria sido feito entre PT e PFL para livrar da cassação ele e Professor Luizinho (PT-SP). Embora não tenha revelado os apoios que recebeu, ele afirmou que teve maioria esmagadora de votos no PMDB e no PPS, além de votos do PTB, do PT e do PL. “Um acordo com o PT seria desnecessário e insuficiente”, disse.
O pefelista concluiu a entrevista afirmando que vai deixar a vida pública para evitar “invasões da imprensa”. Ele declarou que não quer mais conviver a exploração de seu nome – se referindo às fotos publicadas na imprensa de sua comemoração com a família em uma pizzaria de Brasília após sua absolvição, na última quarta-feira.
Brant teve o pedido de cassação de seu mandato recomendado pelo Conselho de Ética, mas negado pelo Plenário da Câmara. Ele era acusado de ter recebido R$102 mil da Usiminas, por meio de uma conta da SMP&B, do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, durante sua campanha à prefeitura de Belo Horizonte, em 2004. Segundo Brant, o dinheiro foi usado para pagar um programa eleitoral do PFL.