Fábio Góis
Mais de cem pessoas feridas e 38 mortas até os primeiros momentos deste domingo (7). Este é o saldo das eleições parlamentares realizadas hoje no Iraque, segundo o Ministério do Interior do país do Oriente Médio. Agências internacionais informam que ataques a bomba e granadas foram feitos tão logo iniciada a votação, que segue até as 17h com 19 milhões de eleitores. O país tem cerca de 30 milhões de habitantes.
Justamente por causa da ameaça de ataques, o governo israelense havia proibido a circulação de veículos desde a noite de sábado até a madrugada de segunda-feira (8). Ao menos 16 pessoas morreram e 14 ficaram feridas em explosões que atingiram dois prédios residenciais. Ainda não há informações sobre o motivo dos ataques.
Militares foram distribuídos por todo o país para reforçar a segurança, que inclui o fechamento da fronteira com o Irã e revista antes da entrada dos eleitores nos setores de votação. O alvo das forças de segurança são militantes sunitas que, provocando distúrbios diversos, representam um desafio à estabilização sócio-política no Iraque antes da retirada das tropas norte-americanas. O plano do presidente dos EUA, Barack Obama, é que todos os soldados deixem a ocupação, que perdura desde 2003, até 2011.
Trata-se da segunda eleição parlamentar do Iraque desde a ocupação, que destituiu o ditador Saddam Hussein e o levou à forca. Na primeira, em 2005, Nouri Maliki foi eleito para o posto de primeiro-ministro. Neste fim de semana, são mais de seis mil candidatos representando 86 entidades, sendo que 1,7 mil mulheres disputam 81 das 325 cadeiras em jogo no Conselho Representativo.
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