Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) defendeu a construção de campos de refugiados para venezuelanos que chegam ao Brasil e a revogação da Lei de Imigração, considerada por especialistas uma das mais avançadas no mundo. “Já temos problemas demais aqui”, disse o pré-candidato à Presidência.
Segundo colocado em uma disputa com o ex-presidente Lula e líder sem a presença do petista, de acordo com as últimas pesquisas, Bolsonaro diz que pretende gastar R$ 3 milhões em sua campanha e que não está preocupado com os poucos recursos e o pequeno espaço que terá no horário eleitoral caso não faça aliança partidária.
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“Eu não tenho obsessão para chegar lá. Quem vai decidir se eu vou estar lá ou não vai ser o povo brasileiro. Se eu for fazer a mesma coisa que os outros, procurar alianças, recursos, e com as alianças vier o tempo de televisão, eu estarei me igualando aos demais pré-candidatos”, declarou.
Bolsonaro adiantou que seu mentor econômico, o economista Paulo Guedes, ocupará o Ministério da Fazenda e do Planejamento (unificados), caso vença a eleição. “O Ministério da Defesa já conversei e acertei, quem vai indicar o quatro estrelas vai ser o general Augusto Heleno. Eu tenho conversado com setores do agronegócio. O futuro ministro da Agricultura e Meio Ambiente, que vai ser um ministério só, (quem indicará) vão ser as entidades produtoras (rurais) do Brasil.”
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O pré-candidato voltou a atacar o movimento LGBT. “É uma minoria que ganha dinheiro em cima disso. Agora, a maioria dos homossexuais vota em mim hoje em dia, acredite se quiser”, acusou, sem apresentar provas. Segundo ele, não há motivo para tipificar a homofobia e agravar a pena de quem comete crime dessa natureza.
“Se eu der um tiro em você só porque você é torcedora de um time de futebol, além de responder pelo crime de homicídio, eu tenho que ter uma circunstância agravante: motivo fútil. Você briga com o cara porque é homossexual. Você vai responder por lesão corporal e mais um agravante, por (a vítima) ser homossexual. É isso, mais nada que isso.”
Ele também criticou os organismos que atuam na defesa dos direitos humanos. “Esse pessoal que defende direitos humanos de marginais, em grande parte, vive de dinheiro de ONGs. Não terá um centavo para ONG que defenda o direito de marginais. O marginal para mim é um bandido que só tem um direito para mim: o de não ter direito e ponto final.”
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