O presidente Jair Bolsonaro iniciou a semana disparando críticas e ofensas à imprensa. Na saída do Palácio do Alvorada, nesta segunda-feira (7), Bolsonaro chamou a Folha de S. Paulo de esgoto e afirmou que o jornal Correio Braziliense agiu com “covardia e patifaria” contra ele.
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O texto do Correio Braziliense traz a notícia de que o governo deverá encaminhar ao Congresso, nos próximos dias, “o projeto da reforma administrativa, que deve prever o fim da estabilidade para servidores públicos”. “Em outra proposta, o Executivo vai propor mudanças na regra de ouro, mecanismo que proíbe o governo de fazer dívidas para pagar despesas correntes, como salários, benefícios de aposentadoria, contas de luz e outros custeios da máquina pública”, acrescenta a matéria.
A reportagem se baseou, principalmente, na fala do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, após se reunir com o Bolsonaro no domingo (6). Nesta segunda, contudo, Bolsonaro declarou que nunca disse isso. “De novo hoje, capa do Correio Braziliense, diz que vou acabar com a estabilidade do servidor. Não dá pra continuar com tanta patifaria da parte de vocês, isso é covardia e patifaria. Nunca falei neste assunto. Querem jogar o servidor contra mim”disse o presidente.
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Outro alvo das ofensas de Bolsonaro, a Folha de S. Paulo publicou uma matéria no último fim de semana revelando um depoimento e uma planilha obtidos pela Polícia Federal que sugerem que recursos de candidaturas laranjas do PSL, partido de Bolsonaro, foram desviados para a campanha do presidente. Jair Bolsonaro chamou o jornal de esgoto. “Como ontem a Folha de S. Paulo queria me ligar ao problema de Minas Gerais. Um esgoto a Folha de S. Paulo, lamento a imprensa brasileira agir dessa maneira. O tempo todo mentindo, distorcendo, difamando”, disse o presidente.
PublicidadeApós essas declarações, em uma fala geral, disparou contra os profissionais de imprensa que estavam trabalhando. “Vocês querem me derrubar? Eu tenho o coro duro, vai ser difícil, continuem mentindo”, disse Bolsonaro.
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