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“Esta comissão, caso estivesse fechada, seria muito melhor para a família, para os bons costumes e para o cristianismo, do que se estivesse ela funcionando sob a presidência do deputado Domingos Dutra, que aprova tudo que é de mau contra a família, os bons costumes e o cristianismo”, disparou Bolsonaro. O deputado do PP, que é capitão do Exército brasileiro, posicionou-se em vários momentos contra a atuação da CDH no ano passado. Em especial, quando foi criada a Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça.
O colegiado tem como missão auxiliar a Comissão Nacional da Verdade, órgão ligado à Presidência da República criado em novembro de 2011 para investigar violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988 no Brasil por agentes do estado, especialmente no período da ditadura militar (1964 a 1985). Para este ano, a comissão da Câmara tem uma agenda que inclui depoimentos de personagens que atuaram na repressão militar e audiências públicas para esclarecer questões duvidosas da época.
Também incomada Bolsonaro – assim como boa parte da Frente Parlamentar Evangélica – as audiências públicas relacionadas a questões de sexualidade e gênero. No discurso, o pepista disse: “Lá não teremos mais milhões no orçamento destinados a paradas gays; não veremos mais lançamentos de filmes pornográficos infantis, patrocinados pelo MEC, para passar em escolas do ensino fundamental, estimulando o homossexualismo nas escolas; não teremos mais seminários de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, para o público infanto-juvenil, estimulando a pedofilia; não teremos mais parcerias com o MEC para confecção de kit gay”.
Após o discurso de Bolsonaro, deputados do PT e do Psol vieram em defesa da atuação da CDH até o ano passado e voltaram a pedir a saída de Feliciano da presidência. “Será uma presidência e uma comissão, em 2013, de permanente crise, o que não ajuda este Parlamento”, disse o deputado Chico Alencar (Psol-RJ). “Até quando esta Casa vai olhar, vai ver, vai escutar posturas ou palavras de baixo calão de deputados, como o deputado Bolsonaro, de baixo calão, de desrespeito, posturas absolutamente acintosas que nitidamente quebram o decoro parlamentar e vai fazer de conta que nada está acontecendo”, questionou Erika Kokay (PT-DF).
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