Bolsonaristas sairam em defesa do chefe da Secretária de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Fábio Wajngarten, após a Folha de S. Paulo revelar que empresas que prestam serviços de publicidade para o governo mantém vínculos comerciais com uma empresa da qual o publicitário é sócio.
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O ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, afirmou que a reportagem é “mais umas dessas maldades que se faz contra homens públicos”. “Fábio é um homem sério, honesto e dedicado ao governo ao país. Confio no trabalho dele”, disse no Twitter.
A matéria da Folha de S. Paulo sobre o secretário Fábio Wajngarten é mais umas dessas maldades que se faz contra homens públicos. Fábio é um homem sério, honesto e dedicado ao governo ao país. Confio no trabalho dele.
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— Ministro Luiz Ramos (@MinLuizRamos) 15 de janeiro de 2020
Também na rede social, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou que Wajngarten não é administrador da empresa e que os contratos da FW Comunicação e Marketing com cinco empresas que prestam serviço para o governo são anteriores à nomeação do publicitário para o cargo no Planalto.
Se fossem contratos novos, até poderiam criticar, mas queriam que a empresa cancelasse contratos que já existem há anos? Não faz sentido algum!
Não há irregularidade, trata-se apenas de uma cortina de fumaça na tentativa de atacar o governo de @jairbolsonaro.
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli17) 15 de janeiro de 2020
FW recebe de empresas contratadas pela Secom
A reportagem publicada pela Folha revela que, mesmo após assumir o cargo no Planalto, o chefe da Secom continua como principal sócio de uma empresa que tem contratos com pelo menos cinco empresas que recebem verbas do governo.
A Secom é responsável por definir a destinação da verba de propaganda do Planalto, além de ditar regras para as contas dos demais órgãos federais. Só no ano passado, a secretaria gastou R$ 197 milhões em campanhas.
A legislação proíbe integrantes da cúpula do governo de manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões, prática conhecida como conflito de interesses. Caso o benefício indevido seja comprovado, o ato se caracterizaria como improbidade administrativa, que pode levar à demissão do cargo.
Entre as empresas que recebem dinheiro do governo por meio da Secom e também têm vínculos com a FW estão as emissoras Record e Band, que viram suas participações na verba publicitária do governo crescer no governo Bolsonaro.
Em resposta à Folha, Wajngarten afirmou que não há “nenhum conflito” de interesses em manter negócios com empresas que a Secom e outros órgãos do governo contratam. “Todos os contratos existem há muitos anos e muito antes de sua ligação com o poder público”, disse a Secom, por meio de nota.
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