Uma pesquisa encomendada pelo governo revelou que o programa social carro-chefe do governo Lula, o Bolsa Família, pode até reduzir a fome da população carente, mas por enquanto não é capaz de erradicar a miséria.
A pesquisa, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e executada pelo Instituto Vox Populi entre cinco mil pessoas contempladas pelo programa, tinha como objetivo principal analisar o índice de segurança alimentar e nutricional dos beneficiados. Contudo, a consecução dos trabalhos revelou que os gastos mais expressivos dos beneficiários eram feitos com alimentação, vestuário e material escolar.
Os favorecidos pelo Bolsa Família negaram aos entrevistadores o chamado “efeito preguiça”, que seria a acomodação deles em razão da renda assegurada mensalmente, mesmo que em valores irrisórios. Os entrevistados garantiram ainda que o programa propicia o consumo de mais alimentos.
Na última quinta-feira (25), o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, anunciou o reajuste de 8% do valor dos benefícios do Bolsa Família, sob a justificativa de que compensação da perda do valor aquisitivo causado pela inflação, por sua vez impulsionada pela alta no preço dos alimentos.
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O reajuste representará o dispêndio de mais R$ 400 milhões para financiar o programa, que passará a custar em torno de R$ 11 bilhões para os cofres públicos. O Bolsa Família atinge aproximadamente 45 milhões de pessoas. O valor médio do benefício, com o aumento anunciado, passa dos atuais R$ 78,70 para R$ 85,00. Já o valor mínimo passa de R$ 18,00 para R$ 20,00.
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