Boatos na Lava Jato geram fila para delação e problemas de imagem dos envolvidos
O noticiário sobre a mega investigação de corrupção na Operação Lava-Jato cria um contexto que estimula a farta disseminação de boatos, causando um enorme estrago na reputação dos envolvidos.
Na esfera da comunicação, boato é aquela notícia de origem desconhecida, sem confirmação e que se propaga por meios informais. Pode também ser “produzido com intenção deliberada em relação a determinados interesses”, segundo o Dicionário de Comunicação (Rabaça e Barbosa).
Em três anos de Lava-Jato, a tecla da mídia bate diariamente no compasso do trabalho de procuradores, policiais e juízes. O poder do boato só aumenta, instalando um clima de pânico em políticos e em qualquer um que vê seu nome (e foto) estampado nas telas e páginas mais influentes da mídia. “Caiu na rede”, virou uma espécie de título-senha nas mídias sociais para anunciar qual é o próximo peixe a ser tragado pelas ondas da investigação.
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A disseminação de boatos vira uma espécie de vitamina para reforçar as suspeitas sobre citações de qualquer ordem. A imprensa funciona como fomentadora desta caixa de ressonância. Com o desdobramento dos escândalos, os políticos estão fazendo uma verdadeira corrida para tentar fechar acordo de delação.
PublicidadeEm notas publicadas a rodo nas colunas de bastidores, a narrativa serve como um termômetro para indicar a temperatura da disposição do ministério público para aceitar ou dispensar as ofertas de novas delações premiadas. Ninguém confirma, ninguém desmente. Procurado pela imprensa para falar sobre o caso Cabral, um dos procuradores da Calicute, adiantou: “Não falamos sobre acordos”.
O aprendizado de comunicação em questão aqui é sobre os cuidados que precisam ser adotados para se evitar danos ainda maiores à reputação de pessoas e à imagem das marcas. Para muitos envolvidos, o cenário lembra os versos de Chico Buarque, em “Acorda Amor”: “Eu tive um pesadelo agora/Sonhei que tinha gente lá fora/Batendo no portão, que aflição”.
Em contextos como o atual, de incertezas e de indefinições, empresas devem procurar especialistas em gestão de imagem e reputação que possam orientar na condução da crise.
Existe amor a SP. A novela positiva entre a Amazon e João Dória com “furo” da Kabum!
No ínicio da semana, a Amazon Brasil lançou campanha para divulgar o seu Kindle (aplicativo de leitura) no país, provocando indiretamente as ações do prefeito de São Paulo João Doria. Mais especificamente sua política de apagar pichações e grafites na cidade, pintando muros e viadutos da cidade de cinza.
No vídeo da campanha, a Amazon aproveitou o cinza dos muros para projetar trechos de livros da literatura brasileira e estrangeira com a chamada “Cobriram a cidade de cinza? A gente cobriu o cinza de histórias. Milhares de livros digitais quando e onde você quiser”.
O prefeito respondeu a marca com um tom duro em vídeo publicado em seu perfil do Facebook. João Doria mencionou que a marca poderia ter uma atitude cidadã em vez de bancar a oportunista. E provocou: “Já que a Amazon gosta tanto de São Paulo, do Brasil, ajude nossa cidade, ajude a quem precisa. Se vocês gostam realmente, doem livros para as bibliotecas, doem computadores para as escolas públicas e municipais”.
Aproveitando a situação a Kabum! percebeu a oportunidade de ganhar visibilidade. A empresa se ofereceu para doar computadores e tablets à prefeitura deixando mensagens nas mídias sociais do prefeito, que respondeu “Fantástica atitude de uma empresa que se preocupa com o futuro das nossas crianças”, em seu Facebook. Os dois fundadores da Kabum! escreveram em comunicado oficial que a doação é uma atitude de gratidão: ambos foram alunos da rede pública de ensino de São Paulo.
Mas a novela não acaba aí. A Amazon não quis ficar para trás e respondeu às críticas de João Dória com uma nova ação de como colaborar “efetivamente” com a cidade. Por meio de vídeo divulgado no Facebook, a marca disponibilizou download gratuito de livros digitais de seu acervo com o argumento “Kindle ama tanto SP quanto a leitura” e ainda prometeu doar dispositivos Kindle a instituições de cultura e educação. Um final feliz, não é mesmo?
Capa conceitual do Guardian é exemplo de jornalismo de qualidade
Nas faculdades de jornalismo se aprende que a imagem vale mais de mil palavras. O jornal britânico The Guardian mostrou uma aula na bela capa conceitual sobre o início do Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia. O mapa da Europa foi retratado como um grande quebra-cabeça de diversas cores. Em branco, no mapa do Reino Unido os dizeres: Hoje – Grã-Bretanha – Passos para o desconhecido”
Novo WhatsApp dá 2 minutos para você se arrepender
Ops, mandei errado! Agora não mais. O Whatsapp lança versão que dá 2 minutos para o usuário se arrepender de ter enviado uma mensagem. Seja um arrependimento de diálogo ou uma mensagem na janelinha errada por causa da pressa no dia a dia, a nova versão beta do aplicativo ajuda o usuário a evitar possíveis constrangimentos. Na versão normal do sistema é possível apagar as mensagens apenas da própria tela de envio, mas isso não impede que o receptor a veja. O que poucos sabem é que essa função já versão experimental do sistema com o tempo limite de 29 minutos. Você sabia disso?