O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, contestou informações da reportagem “BNDES suavizou exigências para socorrer amigo de Lula”, publicada pelo jornal Folha de S.Paulo no dia 1º de novembro. A matéria afirmava que o banco ignorou uma norma interna que proíbe a concessão de empréstimos a empresas cuja falência tenha sido requerida na Justiça e concedido crédito de R$ 101,5 milhões a um amigo do ex-presidente Lula.
O beneficiário do empréstimo foi o agropecuarista José Carlos Bumlai, preso na semana passada na Operação Lava Jato. No artigo publicado nesse domingo (29), Luciano Coutinho afirma que não houve desrespeito às normas internas, uma vez que a operação foi feita na modalidade indireta, em que o BNDES atua em parceria com bancos credenciados.
Dessa forma, explica Coutinho, o risco de inadimplência é assumido pelos agentes repassadores, que, no caso, foram o BTG e o Banco do Brasil. Nesta modalidade de negócio, o procedimento de análise cadastral – que inclui identificar e avaliar processos judiciais e apontamentos que ameacem a solvência do postulante final – também fica a cargo dos agentes, ressaltou.
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Assim, o BNDES não infringiu nenhuma normativa interna, segundo ele, já que a regra em questão não se aplica às modalidades de negócio indireto. “Para ser aprovado, um financiamento no BNDES passa pela avaliação de pelo menos duas equipes de análise e dois órgãos colegiados, num processo que envolve mais de 50 pessoas. Ingerências impróprias são virtualmente impossíveis”, argumenta Coutinho.
Veja a íntegra do artigo publicado no jornal Folha de São Paulo
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