“Há algum tempo venho amadurando essa situação. A grande maioria dos companheiros sabia dessa minha posição. E chegou hora de definição, do anúncio oficial”, afirmou. “Por que tem que ser hoje? Pois entendo que o quadro político de Mato Grosso, embora eu não participe das discussões, meu nome acaba ficando ancorado nesse processo. Percebo que enquanto eu não tomar decisão, muitas coisas não se definem”, justificou.
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Em conversa com aliados na semana passada, ele disse que se sentia desgastado com o inquérito a que responde no Supremo Tribunal Federal na Operação Lava Jato. Em outra investigação na corte, ele é apontado como chefe de organização criminosa por desvios de recursos públicos em Mato Grosso. Além disso, o ministro pretende se dedicar com exclusividade aos negócios da família.
O grupo Amaggi acaba de comprar a fazenda Itamarati Norte, que pertencia ao empresário Olacyr de Moraes, que morreu em 2015, por R$ 2,2 bilhões. A Amaggi era arrendatária da propriedade de 105 mil hectares. Olacyr e Blairo tem algo mais em comum: ambos se tornaram conhecidos mundialmente como reis da soja.
Ao desistir de se candidatar, Blairo provoca uma reviravolta na disputa eleitoral no estado. Aliados e adversários davam como certa a eleição dele para o cargo que quisesse. Antes de chegar ao Senado, ele foi governador por dois mandatos. Em 2015, a revista Forbes apontou o senador entre os homens mais ricos do mundo com uma fortuna estimada em US$ 1,2 bilhão.