O presidente da Associação Brasileira de Bingos (Abrabin), Olavo Sales da Silveira, negou hoje, em depoimento à CPI dos Bingos, que tenha havido qualquer tipo de contribuição de casas de bingos para campanhas eleitorais, inclusive as do PT.
A afirmação contesta o advogado e ex-assessor da prefeitura de Ribeirão Preto Rogério Tadeu Buratti, que acusou o diretório nacional petista de receber R$ 2 milhões de proprietários de casas de bingo do Rio de Janeiro e de São Paulo para a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Em troca, segundo Buratti, Lula prometeu regularizar o funcionamento das casas de jogos, caso fosse eleito. Sales disse que o acordo nunca existiu.
De fato, o presidente da República disse que liberaria a abertura de bingos no início do governo, mas voltou atrás logo após a revelação, em 2004, do caso Waldomiro Diniz, em que o ex-assessor do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, aparece pedindo propina ao empresário de jogos Carlinhos Cachoeira. Mas, Olavo Sales disse que, na sua opinião, a decisão de Lula não foi influenciada pela divulgação do escândalo.
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Olavo Sales observou, no entanto, tratar-se apenas de uma opinião pessoal. Garantiu que não conhece Carlinhos Cachoeira e que só teve contato com Waldomiro “por algumas vezes” quando o ex-assessor presidiu a Loterj, em 2002.
O presidente da Abrabin, que garantiu ser apenas o administrador do Bingo Augusta, em São Paulo, e não o dono ou sócio como havia sido anunciado, observou que a intenção maior das casas de bingo é “entreter as pessoas”. Informou, por outro lado, que o faturamento bruto mensal aproximado do Bingo Augusta chega a R$ 2 milhões, com cartelas de bingos e jogos on line. (Com Agência Senado)
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