O 1º vice-presidente, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), é o presidente em exercício da Câmara. O 2º vice-presidente, deputado Giacobo (PR-PR), tem conduzido as sessões do Plenário. A 1ª Secretaria, cujo titular é Mansur, é responsável pelos serviços administrativos. “Achei que Giacobo, eu e Maranhão pudéssemos fazer um trabalho conjunto, mas está muito difícil. Não sou melhor do que ninguém, mas não dá para continuar desse jeito”, disse Mansur.
Calendário
Mansur frisou que na terça-feira (5) se completam 60 dias do afastamento de Cunha pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, essa situação já tomou tempo demais e é preciso iniciar o processo de sucessão. “A sociedade brasileira se cansou de esperar. Não podemos ter o calendário do Eduardo Cunha influindo no calendário da Casa”, disse.
Questionado se a cassação de Eduardo Cunha não teria um efeito mais imediato do que a renúncia, Mansur disse não entrar nesse mérito. Ele reconhece o direito de Cunha de se defender na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) — onde Cunha apresentou recurso contra a aprovação, pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, de parecer pela cassação do seu mandato. Porém, segundo Mansur, a Câmara não pode esperar o fim desse processo, que pode ter adiamentos e novos prazos, como aconteceu no Conselho de Ética: “Quanto tempo isso vai demorar? A sociedade aguenta? Ninguém aguenta”.
Pouco antes da entrevista, Mansur participou no Palácio do Planalto de uma reunião com o presidente em exercício da República, Michel Temer, mas disse que esse assunto não foi tratado. Mansur afirmou não ter conhecimento de um suposto acordo para salvar o mandato de Cunha.
Pelo Twitter, Eduardo Cunha reiterou que está decidido a não renunciar: “Apesar de todo o respeito pela opinião de qualquer deputado, não tenho porta-voz. Eu sempre falei diretamente as minhas posições e mais uma vez reafirmo que não irei renunciar”.
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