O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini, disse neste sábado (7) que o partido irá primeiro fazer um diagnóstico da situação de São Paulo, antes de definir o nome para disputar o governo do estado em 2010. A ponderação foi feita em resposta à matéria publicada hoje pelo jornal Estado de S. Paulo, segundo a qual o presidente Lula teria escolhido o ex-ministro da Fazenda e deputado Antonio Palocci (PT-SP) como candidato do partido para concorrer ao governo paulista.
“Acho bom que haja um debate prévio sobre diagnóstico e programa de governo. E, depois, fazer a discussão em torno do nome. Acho que inverter a ordem é empobrecer o debate”, disse Berzoini à imprensa durante o seminário Um Novo Rumo para o PT, que está sendo realizado na Câmara Municipal de São Paulo.
Segundo o jornal, certo de que Palocci não será responsabilizado no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a quebra do sigilo bancário do caseiro Francelino dos Santos Costa, Lula já discute alianças para emplacar o ex-ministro no governo do estado paulista. O recado do presidente teria sido dado para um grupo de petistas e assessores do Palácio do Planalto em viagem feita de Campinas (SP) a Brasília.
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Possibilidade
Na tentativa de amenizar os efeitos das declarações de Lula, o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), disse também à imprensa que o nome de Palocci foi mencionado pelo presidente apenas como uma possibilidade e não como acordo já fechado pelo partido. “O presidente não disse que [Palocci] deve ser [candidato], mas que pode ser”, considerou Mercadante, que também participa do seminário.
Na viagem, segundo a reportagem do Estado de S. Paulo, Mercadante teria ponderado com Lula que, mesmo com que Palocci seja absolvido pelo STF, ele responde ainda a processos que investigam esquemas de corrupção durante sua gestão na Prefeitura de Ribeirão Preto (1993/1996 e 2001/2002).
Nos bastidores, o nome de Mercadante também é cogitado para concorrer às eleições do governo de São Paulo em 2010. “Se ele [Lula] tivesse definido o nome, não o comunicaria para mim. Ele chamaria o partido e diria: minha definição é essa. Não será pela imprensa que a militância [do PT] saberá quem será o candidato", disse o líder petista. (Renata Camargo)
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