Depois de participar de uma reunião com o presidente Lula no Palácio do Planalto, a empresa Dedini Indústria de Base, beneficiada pelo programa nacional de produção de uso do biodiesel, avaliará semana que vem quanto irá doar para a campanha do presidente.
No encontro, foi feito um balanço do programa. O presidente e a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, citaram várias vezes a empresa como uma das que vai lucrar com o programa do governo para incentivar a produção do biocombustível.
O diretor da Dedine disse que a empresa não foi procurada pelo PT para pedir contribuição para a campanha, mas destacou que o programa de biodiesel lançado pelo governo estimula a doação para que Lula continue no poder. “Qualquer projeto de investimento nesse porte, quando tem a continuidade é sempre bom”, disse.
Ele disse que o lucro da empresa deve crescer em 100% se o programa do biodiesel for bem-sucedido. A proposta do governo é passar a produzir no país os 8 bilhões de litros de diesel que hoje são importados. A Dedine é responsável por produzir os equipamentos para produção de biodiesel.
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Programa
Dilma Rousseff disse que o programa que prevê a mistura de 5% de biodiesel ao óleo diesel vendido no país, previsto para vigorar a partir de 2013, deverá ser antecipado.
Não há, no entanto, uma definição de um novo prazo, que ainda depende do andamento da produção e da implementação da primeira fase do programa, que prevê o uso obrigatório de uma mistura de 2% de biodiesel ao diesel a partir de 2008. Hoje a mistura de 2% de biodiesel é autorizada, e seu uso é opcional.
Cauteloso, o presidente Lula destacou que deve-se evitar erros cometidos no passado com o pró-álcool, e alertou também que o biodiesel não pode avançar à custa de invasão da Amazônia, por exemplo.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, a antecipação de metas do programa depende de uma coordenação com a produção e a garantia de que todas as especificações técnicas estão atendidas. ‘A antecipação é uma questão de produção, a ser coordenada por toda a cadeia, da produção ao fornecimento’, disse o ministro, ao comentar que essa avaliação deve ser feita a partir de 2008, quando a mistura de 2% passará a ser obrigatória.