Um dia depois de os tucanos pediram sua demissão, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, respondeu dizendo que a guerra eleitoral vai aumentar a partir de agora. Ele ressaltou também que os ataques fazem parte do jogo político.
Ao ser perguntado sobre o motivo de ter se tornado alvo da oposição, Bastos respondeu:
“Isso faz parte da disputa política deste ano eleitoral. Logo eu que não sou político. Sou ministro da Justiça e tenho sob a minha supervisão a Polícia Federal. Mas não faço política.”
O líder do PSDB na Câmara, Jutahy Jr. (BA), pediu ontem a demissão do ministro, com base em acusações de que ele teria remetido US$ 4 milhões ilegalmente para o exterior, em julho de 1993, como pagamento por honorários advocatícios. Embora não tenha comentado diretamente o assunto hoje, Bastos já negou à imprensa manter dinheiro fora.
Amizade
Bastos também disse não admitir que contestem a amizade que tem com o presidente Lula. Ele afirmou que não vai trabalhar no comitê de campanha do presidente. Vai apenas ajudar de maneira informal. “Sou amigo do presidente e não alieno essa amizade a ninguém. E não admito que ela seja discutida”, afirmou.
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