De um arquivo de mais de 6 mil imagens, 120 foram selecionadas para um livro que vai revelar cenas nunca vistas captadas no Supremo Tribunal Federal.
Será uma publicação comemorativa pelos 60 anos de Brasília. Nela, estarão imagens oficiais e não oficiais (várias nunca vistas pelo grande público) dos presidentes da Corte nas últimas décadas.
O arquivo, que está no STF, contém o material produzido pelo fotógrafo Gervásio Baptista, falecido no ano passado, aos 95 anos, e que foi funcionário da Casa por 17 anos.
Sugestão
A sugestão de se dar destaque ao material deixado por Gervásio foi de nada menos que Charles Cosac, referência internacional na publicação de livros de arte. Ele foi fundador da consagrada editora Cosac -Naify.
Há 1 ano, foi convidado a assumir a direção do Museu Nacional da República, em Brasília. Veio de São Paulo, onde dirigia a Biblioteca Mario de Andrade.
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A editora do STF tinha a intenção de publicar um livro este ano pelos 60 anos da capital federal e para contar um pouco de sua história aqui. Cosac então foi convidado a conduzir o projeto e propôs que fosse um livro de cenas captadas por Gervásio no seu dia a dia do STF.
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O ministro Dias Toffoli, atual presidente da Corte, ganha protagonismo por, na sua gestão, lançar o livro, que terá abertura assinada por ele.
Segredo
O conteúdo da publicação ainda é segredo. Imagens ainda não reveladas prometem surpreender e marcar bem o clima de bastidores do Supremo.
“São fotos que não saíram nas revistas nem nos jornais”, limita-se a dizer Cosac. Mas não faltarão as fotos icônicas de Gervásio, que contam a história da política nacional, como a lendária imagem de JK erguendo a cartola para o povo na inauguração de Brasília, em 1960.
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O fotógrafo Alan Marques também está auxiliando na edição do livro reunindo informações.
“Gervásio Baptista nunca se intimidou com o ambiente solene do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional ou STF, porque, com a bagagem de quem cobriu a Guerra do Vietnã (1955-75), a Revolução dos Cravos, em Portugal (1974), e foi fotógrafo da Presidência da República durante o governo de José Sarney (1985-90), sempre transitou entre togados, políticos e balas com a leveza de quem fotografa a vida mirando a sua efemeridade”, escreveu Alan no ano passado, quando Gervásio faleceu.