Uma equipe do Departamento de Fiscalização do Banco Central (BC) vai começar, a partir de março, uma grande auditoria nos contratos e nas operações feitas pela Caixa Econômica Federal (CEF) nos últimos anos. A operação se deve a falhas descobertas pelo BC nos sistemas de auditoria e de gestão da Caixa.
Os problemas identificados pelo BC são recorrentes e, por isso, a auditoria vai averiguar como estão as finanças da Caixa. As falhas já verificadas nos últimos anos são tão graves que, desde 2001, o BC classifica sigilosamente a Caixa como “em evidência”, informa a reportagem de Diego Escosteguy, que o jornal O Estado de S. Paulo publica amanhã.
A operação é um alerta amarelo interno do BC para bancos que exigem “maior atenção”, por estarem em desacordo com normas do sistema financeiro.
Essa classificação não é rotineira e, quando descoberta, causa grande temor no mercado. Para o BC, é como se o banco estivesse na UTI.
A Caixa estaria descumprindo as determinações de melhoras feitas pelo Banco Central. Mesmo assim, por enquanto, o BC avalia que o banco não corre riscos patrimoniais e não cogita uma intervenção. Mesmo assim, não há previsão sobre quando o alerta será retirado.
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A reportagem também revela o teor das auditorias do Banco Central e mostra cartas confidenciais do presidente do Conselho de Administração da Caixa e secretário do Tesouro, Joaquim Levy, ao presidente do banco, Jorge Mattoso.
Na correspondência, Levy critica a gestão do banco e cobra observância das recomendações do Banco Central. As auditorias mais recentes do BC, por sua vez, revelam “sérias deficiências” na Caixa.
A Caixa disse que 80% dos problemas identificados pelo BC já foram resolvidos e que os demais estão sendo corrigidos.
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