Composta de 55 deputados federais, a bancada do PSL na Câmara tem se dividido sobre a melhor forma de reagir, em discursos no plenário da Casa, aos ataques da oposição, que frequentemente são voltados a personagens e episódios que pressionam o governo Bolsonaro.
Na semana passada, a primeira de atividades da nova legislatura, as falas do Psol e do PT, principalmente, foram centradas nas suspeitas sobre o motorista Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Já nesta semana os ataques se direcionaram às suspeitas de candidaturas “laranjas” do partido na eleições do ano passado, em episódios que envolvem o ministro da Secretaria-geral da Presidência, Gustavo Bebianno.
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Parte dos deputados do PSL ouvidos pelo Congresso em Foco avalia que o partido tem agido muito passivamente às tentativas dos adversários de desgastar o governo. Para estes, é necessário lembrar mais, à opinião pública, fatos desfavoráveis à oposição.
Publicidade“Quem deveria ser a vidraça não somos nós, é o PT”, disse uma deputada ouvida pelo site. Segundo ela, parte dos congressistas tomaram a decisão de subir o tom dos revides durante um jantar organizado pelo presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PSL-PE), na última quarta (13).
O líder do partido na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), acha que não é a melhor estratégia dar importância aos ataques. “Eu penso que nós não devemos nos concentrar nisso. Temos que concentrar na reforma da Previdência e aprovar projetos de interesse do governo. A oposição bate, o governo vota”, avalia.
A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que já usou mais de uma participação na tribuna para responder a ataques do PT, considera que nem sempre se deve entrar na onda de ataques recíprocos. “Depende do momento”, diz a parlamentar.