A bancada do PMDB no Senado passou o dia tentando enquadrar o líder, Renan Calheiros (AL), que tem feitos seguidas críticas ao governo do presidente Michel Temer. Durante reunião dos senadores do partido na noite desta quarta-feira (3), Renan foi aconselhado a se pronunciar em nome pessoal, e não como líder, quando criticar as propostas de reformas trabalhista e da Previdência em discussão no Congresso.
Ao longo do dia o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) tentou coletar assinaturas em um abaixo assinado de apoio da bancada a Renan, mas enfrentou resistência dos colegas que preferiam uma reunião cara-a-cara com o líder para cobrá-lo sobre seu posicionamento em relação ao governo. A assessoria da liderança garante que Braga conseguiu 12 assinaturas de um total de 22 parlamentares.
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Renan tem o apoio de colegas como Edson Lobão (MA), João Alberto(MA), Jáder Barbalho (PA), Roberto Requião (PR), Dário Berger e Kátia Abreu (TO), além de Braga. Mas enfrenta a oposição de nomes como Romero Jucá (RR), presidente do partido e afinado com o presidente Temer. Alguns senadores que se sentem constrangidos com as declarações e discursos de Renan se sentem constrangidos porque apoiam o governo e as propostas de reforma. Um grupo que forma a maioria garante que já possui votos suficientes para destituir o líder. Esta decisão extrema só será tomada se o rompimento de Renan com o Planalto se aprofundar.
Desde que foi eleito Renan tem feito declarações contra a política econômica de Temer. Ele chegou a articular a elaboração e divulgação de um documento com nove assinaturas de colegas da bancada pedindo o veto do presidente Temer à lei que regulamentou a terceirização de mão de obra. Na reunião com centrais sindicais nesta quarta-feira chamou o governo Temer de vingativo e pediu mobilização popular para barrar as mudanças nas leis trabalhistas e na Previdência.