A bancada do PMDB se reunirá nesta terça-feira (4) para decidir quem será o novo líder da legenda no Senado, no lugar do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). A reunião está marcada para às 19h. O nome que surge com maior chance de unificar a bancada é o de Raimundo Lira (PB). Ao contrário de Renan, Lira apoia o governo e a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência.
O presidente da legenda, Romero Jucá (RR), já anunciou que a escolha será por consenso, sem voto, entre os 22 senadores da bancada. Além disso, esquivou de fazer citações de possíveis preferências e afirmou que há vários nomes que estão sendo cogitados . Garibaldi Alves (RN) também está na lista dos cotados.
Apesar de ser a legenda do presidente Michel Temer, o partido está dividido quanto ao apoio ao presidente. Renan, desde o ano passado, tem feito fortes críticas a Temer e se oposto às reformas trabalhista e previdenciária do governo. Na última semana, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) apresentou voto separado contrário à reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Em clara afronta a Temer.
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Neste momento, o partido precisa de um líder que consiga reverter o atual cenário de empasse da legenda, já que abriga o primeiro presidente denunciado por corrupção passiva por crimes praticados no exercício do mandato.
Renan deixou o governo Temer no auge da crise politica, como fez quando era líder do governo Fernando Collor na Câmara, lá na longínqua década de 1990. Deixou o posto com um discurso para seus eleitores de Alagoas. Se diz em defesa dos aposentados e trabalhadores, por isso é contra as reformas previdenciária e trabalhista, e mira na reeleição no pleito de 2018. Dele próprio e do filho Renan, governador de Alagoas.
O senador Renan Calheiros anunciou sua saída da liderança na última quarta-feira (28). Em seu pronunciamento sobre a decisão, reiterou as firmes críticas que tem feito, nos últimos meses, à gestão de Michel Temer na Presidência da República. Renan disse que o governo do colega de partido se transformou em um ambiente de chantagens, “perseguindo parlamentares que não rezam a cartilha governamental”. E foi além: disse que o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) comanda o país com Temer, mesmo preso e condenado por envolvimento na Operação Lava Jato.
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