O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez hoje (20), durante encontro dos presidentes das cortes eleitorais locais em Brasília, uma avaliação positiva do primeiro turno das eleições. Ele apontou que ocorreram poucos fatos que perturbaram o processo eleitoral, principalmente nos estados onde o risco de problemas era maior, como no Rio de Janeiro.
"Não tivemos, senão localizadamente aqui e ali, problema ou fato perturbador do processo eleitoral, enfrentado com proficiência, coragem, lucidez e eficiência. Nosso grande problema era o estado do Rio de Janeiro, mas o estado revelou para o país uma disposição de produzir um primeiro turno eleitoral praticamente sem nenhum problema maior, a não ser um encontro em que foi preciso usar bala de borracha", afirmou.
Ele disse também que, a partir disso, a expectativa para o segundo turno é otimista. Ayres Britto lembrou que o segundo turno é considerado mais fácil por causa da redução de 110 milhões de eleitores para 29 milhões. Do total de 26 capitais, em 11, os eleitores voltarão às urnas no próximo domingo (26), além de 30 municípios caracterizados pelo próprio Ayres Britto como "de grande densidade e expressividade eleitoral".
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Problemas
O ministro Ayres Britto afirmou, também, que, no primeiro turno, o maior problema com quebra de urnas ocorreu no Pará, onde urnas do modelo de 1998 apresentaram algumas incompatibilidades com o sistema operacional utilizado neste ano. Ayres Britto lembrou que a substituição dessas urnas já foi providenciada para o segundo turno em Belém e o estado receberá 2.520 urnas eletrônicas modelos 2006 e 2008. Todas começaram a ser testadas no último domingo (19).
Sobre a atuação das Forças Armadas no primeiro turno, Ayres Britto disse que as Forças Armadas trabalharam nessas eleições em “sintonia finíssima” com a Justiça Eleitoral e as polícias, e se mostraram “essencialmente patrióticas, competentes e devotadas”. Ele destacou que a situação no Rio de Janeiro, onde milicianos e traficantes de drogas poderiam influenciar a eleição, as tropas federais conseguiram manter a ordem no pleito. (Mário Coelho)