O Airbus da TAM acidentado em São Paulo na terça-feira (18) tinha um defeito no reverso da turbina direita – equipamento que funciona como um dos freios a aeronave. Segundo reportagem do Jornal Nacional, o problema foi localizado no último dia 13, mas ainda não tinha sido resolvido até o dia do acidente.
A Infraero inclui entre as possíveis causas do acidente uma falha mecânica do sistema de frenagem. Isso explicaria o motivo de o avião ter aterrissado em velocidade tão acima da padrão – levou 3 segundos para fazer um percurso que normalmente dura 13.
A TAM admitiu, em nota, o problema no reverso. Mas disse que, de acordo com as normas, o avião operava com o aparelho desligado, o que, afirma, evitava qualquer problema. A companhia declara, em nota, que a recomendação do fabricante é que a revisão do equipamento seja deita até dez dias depois de o defeito ser detectado.
Em 1996, uma falha no reverso foi a causa do acidente com o Fokker-100 da TAM, que caiu sobre casas segundos depois da decolagem, também em Congonhas, matando 99 pessoas.
Comemoração
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Com a possibilidade de falha mecânica ganhando força, o governo tira das costas a culpa pela morte de mais de 211 pessoas (207 corpos já foram retirados dos escombros do galpão da TAM Express e 4 vitimas morreram no hospital. Do total, apenas 28 já foram identificados). A hipótese inicial era que a falta de ranhuras que evitariam o acúmulo de água na pista de pouso tivesse provocado a derrapagem do avião.
Filmado enquanto assistia à reportagem do Jornal Nacional, o assessor especial da presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, pareceu comemorar a notícia. Bruno Gaspar, assessor de imprensa do Planalto, também. Veja aqui o vídeo em os dois aparecem fazendo gestos obscenos e aparentemente festejando a culpa da TAM. (Carol Ferrare)
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