O número de palestinos mortos durante ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza subiu para 282, e os feridos já somam cerca de 900 pessoas. Os bombardeios tiveram início no ontem (27), e continuaram hoje. Esta é a mais sangrenta operação israelense contra palestinos desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Dos 900 feridos, aproximadamente 120 se encontram em estado crítico, e o número de vítimas pode aumentar nas próximas horas. Até ontem, 225 pessoas haviam morrido e outras 700 ficado feridas na ofensiva de Israel.
Nas primeiras horas da noite passada, a aviação militar de Israel destruiu a estrada Saladino, a principal do norte de Gaza. Logo, durante a noite, os F-16 israelenses bombardearam 23 alvos, entre eles o edifício onde se reúne o governo do Hamas em conselho de ministros, um armazém da cidade de Rafah, ao sul, e lançaram foguetes, segundo fontes de segurança da Palestina.
O conselho de segurança da ONU, reunido de urgência nesta madrugada, pediu unanimemente que "cesse de imediato" a violência na zona e que se permita o fornecimento de ajuda humanitária no local. O primeiro ministro israelense, Ehud Olmert, advertiu neste domingo que a ofensiva "pode se prolongar durante muito tempo" e que Israel atuará com "sensatez, paciência e firmeza" até "alcançar os resultados desejados".
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Olmert disse ainda que o exército de seu país necessitará de tempo para "completar sua missão" em Gaza, enquanto o titular de Defesa, Ehud Barak, destacou que "há um momento para tréguas e um momento para o combate", e, "agora, é o momento do combate". O gabinete de Olmert aprovou a convocação de militares da reserva para ajudar nos ataques à Faixa de Gaza, segundo informações da imprensa israelense. Os reservistas devem ajudar em uma possível ofensiva terrestre, mas não há detalhes sobre o número de militares convocados. (Mário Coelho)
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