O debate presidencial de domingo (8), na Rede Bandeirantes, continua dando o que falar. A assessoria de imprensa do presidente Lula encaminhou hoje (10) uma nota rebatendo declarações feitas pelo candidato tucano ao Palácio do Planalto Geraldo Alckmin.
"O governo de São Paulo tinha dois aviões e doei para a polícia. Tinha dois helicópteros e doei. O governo Lula tinha quatro aviões e comprou um de luxo", ressaltou Alckmin durante o debate.
"O ex-governador classificou a compra do avião como ‘dinheiro jogado fora’", revela a nota.
Em resposta às acusações, o PT levantou dados do Sistema de Gerenciamento da Execução Orçamentária (Sigeo) de São Paulo e descobriu que o candidato adversário gastou, na época em que era governador, em passagens e aluguel de veículos mais do que foi gasto na aquisição do Airbus, que ficou mais conhecido como Aerolula.
Alckmin, de acordo com o Sigeo, gastou R$ 130 milhões com passagens aéreas e locação de veículos e aeronaves entre 2001 e 2005.
Em miúdos, os gastos com aluguel de veículos cresceram 623,17% durante a gestão tucana em São Paulo, passando de R$ 5,39 milhões, em 2001, para R$ 39,04 milhões, em 2005. Quanto às despesas com passagens, elas aumentaram 118,5% nesse período, subindo de R$ 4,9 milhões para R$ 10,71 milhões.
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"Ou seja: em apenas quatro anos, Alckmin gastou com deslocamentos mais do que o valor de uma aeronave cujo tempo de vida é estimado em 30 anos", diz a nota.
Discussão chega ao Congresso
Na sessão de hoje no plenário do Congresso, o líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), também fez duras críticas às declarações de Alckmin.
"Essa demagogia que o candidato Alckmin quis fazer durante o debate. (…) Parem com esse preconceito de chamar o avião de Aerolula, pois esse não é um avião do PT, é um avião do Brasil, que servirá aos presidentes que virão depois", ressaltou o deputado. (Renaro Cardozo)
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