Sete dos 29 assessores de parlamentares convocados pela CPI dos Sanguessugas para explicar depósitos nas contas bancárias feitos pela família Vedoin, dona da Planam, foram ouvidos ontem. Segundo o sub-relator da comissão, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), os depoimentos deixaram bem claro que o esquema é muito grande, apesar de a maioria dos assessores negar ter recebido propina dos Vedoin.
“Teve apenas um depoimento em que a assessora disse que recebeu o dinheiro e repassou para o deputado. Os outros disseram que o dinheiro era fruto de trabalho de consultoria”, disse Aleluia.
A pessoa que confirmou o recebimento do dinheiro foi Ana Alberga Dias, assessora do deputado Vanderlei Assis (PP-SP). Ela afirmou à comissão que os Vedoin depositaram dinheiro na conta dela por determinação do parlamentar. Vanderlei Assis contou para a assessora que o dinheiro referia-se a quadros que ele pintou e havia vendido para integrantes da família Vedoin.
Já o assessor e sobrinho do deputado Ildeu Araújo (PP-SP), Marcos Antônio Araújo, negou ter recebido R$ 19,2 mil no segundo semestre de 2005. A denúncia foi feita à Justiça Federal de Mato Grosso no depoimento do empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin.
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“Esse assessor afirmou que enviou à CPI o extrato de sua conta bancária e garante não ter recebido depósito. Tudo isso tem de ser checado”, afirmou o sub-relator.
Hoje, a comissão deve continuar ouvindo depoimentos de assessores de parlamentares acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias.
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