O assessor do gabinete da presidência do Senado, Francisco Escórcio, divulgou nota à imprensa em que nega as acusações de que teria urdido plano de espionagem de senadores em favor de Renan Calheiros (PMDB-AL). Amigo e correligionário de Renan, Escórcio estaria produzindo um dossiê contra inimigos do presidente da Casa. O senador alagoano nega a hipótese da espionagem. (leia mais)
De acordo com reportagens publicadas em veículos como a revista Veja e o jornal Folha de S.Paulo, o assessor estaria à frente de um “grupo de espionagem” que teria como principal objetivo flagrar seus adversários em atividades ilegais.
Entre as ações do suposto grupo estaria a instalação de câmeras no hangar de táxi aéreo do aeroporto de Goiânia, para registrar em vídeo a movimentação de senadores. Advogados e arapongas a serviço de Renan também estariam incumbidos de elaborar estratégias de difamação contra os desafetos. Segundo a revista Veja, o dono do hangar não teria aceitado a instalação das câmeras.
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“O objetivo da viagem foi reunir-me com o advogado patrono da causa de minha coligação partidária contra a diplomação do governador do Maranhão e obter cópia de alguns documentos que me foram solicitados por uma televisão desejosa (sic) de fazer uma matéria a esse respeito“, diz um trecho da nota, em referência à viagem de Escórcio a Goiânia no dia 24 de setembro.
Entre os focos do suposto esquema de espionagem, ainda segundo a revista, estariam Marconi Perillo (PSDB-GO) e Demóstenes Torres (DEM-GO), que supostamente tiveram a vida “devassada nos últimos meses”. Perillo e Torres são dois dos principais adversários de Renan Calheiros no Senado. (Fábio Góis)