Rodolfo Torres
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado estadual Ivar Pavan (PT), aceitou nesta quinta-feira (10) o pedido de impeachment contra a governadora Yeda Crusius (PSDB).
Segundo Pavan, a decisão foi baseada em informações extraídas de sindicâncias internas do governo gaúcho, da Polícia Federal, e do Ministério Público Federal, que move ação de improbidade administrativa contra Yeda e mais oito pessoas sobre eventuais desvios de recursos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
O Parlamento gaúcho formará uma comissão especial para analisar o caso. O colegiado obedecerá a proporcionalidade da Casa, que conta com 55 parlamentares. Desses, 33 integram a base de sustentação do governo.
“A situação é delicada, é grave. E eu mantenho a mesma posição que adoto aqui em Brasília. Que se investigue tudo e doa a quem doer. Quem cometeu o delito vai sofrer as penalidades, que podem chegar inclusive ao impeachment.”, afirma o senador Paulo Paim (PT-RS).
“O presidente da Assembléia não tinha outra alternativa do que tomar essa posição de aceitar o pedido de impeachment. Agora é a Assembléia que vai julgar se deve ou se não deve acontecer o impeachment”, complementa Paim.
A governadora gaúcha também enfrenta uma CPI na Assembléia Legislativa, que pretende apurar denúncias de desvio de recursos públicos e pagamento de propina pelo governo estadual.
O pedido de impeachment foi formulado pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais, composto por dez entidades: Sindicaixa, Ugeirm/Sindicato, Simpe, Sindiágua, Semapi, Sindsepe, Sindjus, Sindet, Federação dos Bancários do RS e CPERS/Sindicato.
O Congresso em Foco não conseguiu localizar os dois deputados federais gaúchos do PSDB, Cláudio Diaz e Ruy Pauletti, para que comentassem o caso.
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