Reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada hoje (11) revela que o gabinete da presidência da Assembléia Legislativa de Rondônia gastava com sua folha de pagamento oficial mais de R$ 10 milhões e tinha 756 funcionários não-concursados. O limite permitido para gastos com folha de pagamento, de acordo com a matéria, é de R$ 162 mil. O número máximo de funcionários não-concursados no gabinete deveria ser 18.
Segundo a reportagem, de Francisco Figueiredo e João Carlos Magalhães, tanto o valor do orçamento da Casa quanto o número de funcionários comissionados são definidos pelo regimento interno da Assembléia. Preso durante a Operação Dominó, o presidente da Assembléia, Carlão de Oliveira (PSL), foi acusado de participar do esquema que desviou pelo menos R$ 70 milhões em recursos públicos de Rondônia.
Segundo informações da Polícia Federal, o presidente da Assembléia tinha uma lista paralela de empregados laranjas que vigorou de junho de 2004 a junho de 2005 e que desviou R$ 1,4 milhão.Em relação a essa lista, o documento cita o caso de duas pessoas físicas e duas jurídicas (empresas) que recebiam recursos públicos. O valor pago por Carlão gira em torno de 10% do orçamento total da Assembléia, que tem 24 deputados – 23 dos quais suspeitos de envolvimento no esquema.
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