Reportagem publicada na edição do jornal Estado de S. Paulo de hoje (22) mostra que a polícia concluiu que não há provas de crime político no assassinato de Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André seqüestrado e executado a bala em janeiro de 2002.
Segundo o jornalista Fausto Macedo, a delegada titular do 78º Distrito Policial (Jardins),Elizabete Sato, enviou à Justiça e ao Ministério Público relatório de cinco páginas, na qual conclui: “Os testemunhos trazidos ao procedimento nesta segunda fase ratificaram as participações dos indivíduos indiciados no primeiro inquérito policial, alguns até trouxeram uma suspeita aqui ou acolá sobre eventual crime político, todavia, suspeita sem a devida prova equivale a quase nada”.
A delegada, que investigou o caso durante um ano, concluiu em outubro o inquérito 781/2005: “Decorrido um ano desde a reabertura das investigações, passado o período da ‘efervescência investigativa’ que suspeitava de crime político, tese defendida pelo Ministério Público de Santo André e os irmãos da vítima, certo é que estes dois últimos não apresentaram, quer seja na CPMI dos Bingos, quer seja no inquérito policial, qualquer indício que redundasse em prova que pudesse dar sustentação à suspeita”.
Leia também
Durante o período que analisou o caso, a delegada ouviu os sete pistoleiros presos sob acusação de terem sido os executores do prefeito. “Eles confessaram o crime, como tinham feito na primeira etapa da investigação, conduzida pelo Departamento de Homicídios. Em sua avaliação, a única novidade foi a constatação de que L. S. N., o Lalo – na época do crime com 15 anos – , assumiu a autoria dos 7 disparos contra o prefeito ‘por mando e coação’ de José Edson da Silva, o Zé Edson, ‘este sim o principal executor do crime e indivíduo que exala violência e descomprometimento com a vida humana’, diz o jornal.