Reportagem publicada na nova edição da revista Carta Capital fornece indícios de que dinheiro público abasteceu indevidamente a SMP&B, empresa de Marcos Valério Fernandes de Souza, durante o governo Fernando Henrique (PSDB). Segundo a matéria, assinada por Maurício Stycer, há sinais de que a SMP&B e uma empresa de comunicação gaúcha chamada Quality beneficiaram-se, de forma ilegal, em contrato de R$ 25 milhões com o Ministério do Trabalho durante a gestão FHC.
De acordo com o texto, “calcula-se em R$ 24.905.571,84 o total de recursos que fluíram do governo em direção às duas empresas (ou aproximadamente R$ 42 milhões em valores atualizados pela inflação de 70% no período) e atesta-se um desvio direto de R$ 5.752.815,81”. A reportagem é baseada em um contrato, assinado em abril de 1997 e que vigorou até meados de 1999, entre o ministério e a SMP&B.
Porém, ressalta a reportagem, “só um aprofundamento das investigações poderá atestar se as pontas se unem, a saber, se o dinheiro desviado de um órgão público para a SMP&B teve um destino político-eleitoral. Ou, em outra direção, se recursos desse montante serviram, espantosamente, para o enriquecimento ilícito de funcionários de terceiro e quarto escalão da administração pública”.
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