Thomaz Pires
As investigações sobre o esquema de corrupção instalado no governo do Distrito Federal contam com um novo desdobramento. O ex- secretário de relações institucionais, Durval Barbosa, confirmou em depoimento ao Ministério Público Federal que o governador José Roberto Arruda (sem partido) recebeu R$ 3 milhões em espécie de empresas do setor de informática. A assessoria de Arruda ainda não se manifestou sobre a declaração.
A informação foi divulgada neste sábado (19) pelo portal iG com base no depoimento que Durval prestou no último dia 2, em São Paulo, no prédio da Procuradoria Regional da República da 3ª Região. Durval contou que Arruda tinha pretensão de receber R$ 4 milhões de propina referente aos contratos firmados pelo governo do DF com empresas de informática. Mas o ex-secretário convenceu o governador a receber somente R$ 3 milhões.
No depoimento, Durval conta como teria entregue os R$ 3 milhões a Arruda. Por determinação do governador, diz o ex-secretário, teria deixado duas parcelas de R$ 1 milhão na casa de Jose Humberto Pires, secretário de governo e um dos principais auxiliares do governador. Cada uma das parcelas de R$ 1 milhão, segundo Durval, estaria em caixa de papelão. A ultima parcela teria sido entregue por intermédio da família de José Humberto.
Ontem, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Fernando Gonçalves, determinou uma análise dos contratos feitos pelo DF com empresas do setor de informática entre 2007 e 2009, gestão de Arruda. O ministro ainda pediu a tomada de novos depoimentos e ações de busca e apreensão.
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