Thomaz Pires
A Operação Caixa de Pandora gera suas primeiras consequências políticas. No início da noite desta sexta-feira (27), o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), determinou o afastamento de dois secretários, quatro assessores diretos, um chefe de gabinete e um assessor de imprensa, envolvidos na investigação da PF. A decisão foi anunciada após os desdobramentos da operação da Polícia Federal intitulada Caixa de Pandora, que investiga um suposto esquema de corrupção em licitações e repasse de verbas para aliados do governo na Câmara Legislativa do DF.
O secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, é um dos que figura na lista dos exonerados pelo governo. De acordo com informações da PF, ele fez escutas de Arruda oferecendo propina para parlamentares da base aliada na Câmara Legislativa em troca de uma delação premiada.
Além de exonerar o secretário Durval, o governo afastou o secretário de Educação, José Luiz Valente, o secretário-chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, o chefe de gabinete do governo, Fábio Simão, além do assessor de imprensa, Omézio Pontes.
Todos os documentos e computadores apreendidos pela Polícia Federal foram levado para a Superintendência, onde devem ser analisados e periciados durante os próximos dias. Os agente também recolheram durante as buscas R$ 700 mil em dinheiro.
O governador Arruda passou toda o período da tarde reunido em reuniões emergenciais. O breve pronunciamento oficial foi feito através de uma nota, divulgada no início desta noite.
Leia a íntegra da nota do governo:
O Governo do Distrito Federal, informado da Operação da Polícia Federal que envolve servidores de diversos escalões, está se inteirando dos fatos e agirá com equilíbrio e o rigor que a situação exige.
Todos os servidores citados foram afastados de suas funções até a completa apuração.
A determinação do GDF é contribuir com as investigações para a completa e cabal apuração dos fatos.
PF apreende R$ 700 mil com envolvidos
Inquérito diz que Arruda pagava propina