O governo federal arrecadou R$ 397,611 em impostos e contribuições em 2006, um novo recorde na história do país. A arrecadação federal cresceu 4,48% em termos reais no ano passado, somando o valor recorde de 397,611 bilhões de reais. O total arrecadado em dezembro também foi o maior já registrado: R$ 39,031 bilhões. A arrecadação mensal em 2006 foi recorde em todos os 12 meses do ano em relação a meses de outros anos.
Apesar desse desempenho, a Receita Federal disse não ver espaço para novas desonerações além das já anunciadas pelo governo e das previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com divulgação prevista para a próxima segunda-feira.
"[O crescimento da receita] se deu basicamente por bom desempenho da economia e pela boa atuação da administração tributária", afirmou o secretário-adjunto da Receita, Ricardo Pinheiro, ao divulgar os números. "Espaço para mais desoneração eu creio que não tenha", disse, acrescentando que "o brasileiro tem "fixação por seu próprio umbigo", porque insiste em reivindicar redução de impostos.
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O recolhimento do Imposto de Renda, tributo com maior arrecadação, cresceu 5,95% em 2006, para R$ 139,115 bilhões. Considerando apenas o IR retido na fonte, a alta anual foi de 5,92%.
A arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e da Confins cresceu 2,41% e 1,33%, respectivamente. As receitas do governo também foram elevadas este ano pelo recolhimento de impostos em atraso por meio de um programa instituído pela Receita, o Paex, que concedeu redução de multas e juros aos inadimplentes. O valor recolhido pelo Paex somou R$ 2,297 bilhões.
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