O economista foi presidente do Banco Central durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), entre 1999 e 2002. Segundo Armínio, tanto as medidas quantos os nomes que integrarão um possível governo devem resultar da combinação de fatores políticos e econômicos. Para ele, porém, o documento elaborado por Temer, chamado “Uma ponte para o futuro”, segue o certo para sair da crise.
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O texto do Plano Temer sugere a adoção de medidas para limitar o aumento dos gastos públicos. Traz, por exemplo, propostas como a desvinculação de benefícios da Previdência dos reajustes concedidos aos salário mínimo.
Apesar de não demonstrar interesse em assumir diretamente o comando do Ministério da Fazenda, Armínio se comprometeu com Temer a enviar estudos e indicar nomes para área econômica. O economista ressalta que há muitos nomes no mercado, gente jovem, entre 35 e 40 anos, que poderia auxiliá-lo.
A recusa de Armínio mostra também uma indecisão do PSDB com relação a Michel Temer. O vice-presidente trabalha para ter o apoio dos tucanos, mas esbarra na possibilidade de fortalecer adversários em 2018, já que o partido quer indicar nomes mais fortes politicamente que Armínio Fraga, como o senador José Serra (SP).
AGU
Além de Armínio, Temer ainda deve ter outra baixa em seu projeto ideal de governo. Trata-se do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, cotado para assumir a Advocacia Geral da União (AGU). Em nota, Alexandre afirmou que “não houve nenhuma sondagem ou indagação para qualquer cargo no Governo Federal, seja no Ministério da Justiça ou na Advocacia Geral da União, muito menos um suposto ‘convite'”. Disse ainda que espera seguir a frente da pasta da Segurança Pública “enquanto puder auxiliar o governador Geraldo Alckmin.
O secretário deixou o PMDB em dezembro do ano passado para se filiar ao PSDB e é cotado no ninho tucano como possível candidato à Prefeitura de São Paulo.