Arrolado para defender o deputado José Mentor (PT-SP), o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Rubens Approbato Machado complicou ainda mais a situação do parlamentar. Ao Conselho de Ética, Aprobatto disse que não teve conhecimento de qualquer serviço advocatício prestado pelo deputado petista ao empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do mensalão. Esse é o principal argumento de Mentor para justificar os R$ 120 mil que recebeu da 2S Participações, uma das empresas de Valério.
Mentor é apontado como um dos beneficiários do mensalão e responde a processo no conselho. Ele recebeu dois cheques, no valor de R$ 60 mil, do empresário. Approbato, que depôs como testemunha de defesa, disse que o valor está registrado na contabilidade do escritório do petista e que, segundo o deputado, os impostos foram pagos.
Approbato enfatizou que, embora seja amigo de Mentor e tenha feito parcerias para ele, seu escritório jamais prestou serviços a Valério, ao PT ou a qualquer outro partido ou empresa vinculados ao mensalão. Ele ressaltou ainda que é membro nato do Conselho Federal da OAB, mas não está falando pela entidade.